Aí está uma uma realidade que ninguém imaginaria há uns meses atrás.
Neste mundo cada vez mais globalizado tudo o que afeta uma região do mundo, rapidamente se dissemina pelo planeta e pelos povos que o habitam.
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O termo Vírus é usualmente associado a algo de mau para a saúde humana, embora possa não o ser em todos os casos, mas desta vez, um tal de SARS-CoV-2, commumente apelidado de Novo Coronavírus, que provoca a doença COVID-19, está a atormentar o mundo.
Originário na China, rapidamente se espalhou pelo mundo e, com ênfase em Itália e Espanha, logo no seu início na Europa, obviamente chegou a Portugal.
E agora, uma vez chegado ao nosso país, eis que o no novo coronavírus se propaga pelo território.
Em boa hora foi declarado estado de emergência, fechadas as fronteiras com os “nuestros hermanos”, fechadas escolas, e mais um grande rol de medidas, que me parecem adequadas face à situação pandémica.
Temos sempre dado destaque e enfatizado a luta dos pampilhosenses, com vista a reduzir a grande diferença entre os territórios do litoral e do interior, em todos os aspetos, designadamente no que concerne a oportunidades de emprego, oferta cultural, formação, inovação e tecnologia e outras, mas…desta vez…a interioridade teve algo positivo.
Positivo, sim positivo, porque tudo o que é mau cá vem ter. Leia-se: Incêndios dramáticos, despovoamento, invasão de espécies vegetais exóticas, desordenamento florestal, falta de investimento na indústria, falta de acessibilidades e transportes, e outras tantas falhas típicas de um concelho vasto do interior montanhoso do nosso país.
Mas afinal o que é positivo nesta grande calamidade? Nada é positivo, mas…
Poderemos pensar, mas no nosso concelho, e eu que vejo de longe e tenho esse olhar global, destaco a enorme solidariedade dos pampilhosenses, o excelente trabalho das IPSS, leia-se a Santa Casa da Misericórdia da Pampilhosa da Serra, o seu provedor e todos os seus colaboradores e utentes; a Associação de Solidariedade Social de Dornelas do Zêzere, seus utentes e toda a equipa; a Cáritas Diocesana de Coimbra e todos os seus utentes e colaboradores, e todos os que de alguma forma apoiaram os mais necessitados nesta fase crítica.
Os Bombeiros que foram e são fantásticos, a GNR e claro os profissionais de saúde, e no nosso caso o Centro de Saúde e todos os seus componentes.
Vivemos de facto um momento muito atípico, e no meio associativo regionalista estamos a viver algo nunca visto.
No tempo da Gripe Hespanhola (Pneumónica) há cerca de um século atrás, onde morreram muitos mais dos que até agora pereceram nesta nova pandemia, não há comparação possível em termos sociais. Eram tempos muitos mais difíceis em que, por exemplo, o associativismo era algo obscuro e “luxo só para os mais iluminados”.
Neste presente, ninguém se lembra de ter visto anular todos os eventos regionalistas das coletividades deste e proliferação destas associações, desde a sua fundação com início nos anos 20 e 30 do século XX.
Há que repensar tudo. Esta é a oportunidade. Porque é que não se reeditam, embora em outros moldes, as festas de Antigamente??
Não é voltar ao passado. Agora, pensamos muito na angariação de fundos, ter grandes conjuntos, e ter o recinto cheio de muitos que nem conhecemos e não gastam um “tusto”.
Esta é a grande oportunidade de sermos, ou voltarmos ser, aquela comunidade unida, feliz e solidária que no final resulta em grande felicidade e amizade entre os conterrâneos familiares e amigos. Sem grandes “ajuntamentos”, o que esta situação aconselha.
Nesta situação de mais precauções sanitárias, é sempre importante destacar o aniversário da nossa Casa do Concelho que será no início de junho e , claro o 21º aniversário deste nosso SERRAS DA PAMPILHOSA, que se mantém a dar voz ao regionalismo pampilhosense, e como é sabido este nosso jornal é já o de maior longevidade no nosso concelho.
Na divulgação do concelho tem havido ultimamente, e certamente fruto desta mais disponibilidade de presença doméstica, uma grande evolução e expansão, principalmente na internet através das redes sociais, parecendo haver uma competição desenfreada a ver quem é que consegue a melhor notícia, artigo ou entrevista relacionada com a Pampilhosa da Serra.
Multiplicam-se os “onlines” os “grupos de pampilhosenses” e outros que conflitam pelos mesmos nomes, mas… felizmente, todos divulgam a nossa terra.
Pela parte que me toca e da nossa pequena equipa, aplaudimos todas a iniciativas que tenham como objetivo a divulgação do concelho de Pampilhosa da Serra e, cá o nosso SERRAS continuará a ser a mensagem escrita, com muito prazer a levar a casa dos pampilhosenses que aceitarem esta nossa grande luta mensal, voluntária e difícil.
Muita saúde para todos.
O diretor
Carlos Simões