Jornal 132 – Junho de 2010

Mais uma vez as escolas!… Este País

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de gente sabida discute a todo a vapor e a régua e esquadro, a possibilidade de acabar com as escolas que tenham menos de vinte alunos.

As zonas onde semelhante decisão vai produzir maior efeito são sem sombra de dúvida, as do interior do País, nas quais se inclui como é óbvio o concelho de Pampilhosa da Serra.

Lembramo-nos dos nossos tempos de meninos, palmilharmos os agrestes caminhos para irmos à escola, quer chovesse ou nevasse, mas sempre com vontade de aprendermos. Logo a seguir, lá iam uns atrás dos outros a caminho de Lisboa, a fazerem-se à vida!… Então, os escolhidos entravam habitualmente para o seminário, enquanto aqueles que tinham pais com possibilidade monetárias iam para os colégios privados, pagando os estudos a peso de ouro. Mesmo assim, foram tantos os Pampilhosenses que singraram na vida, ocupando ao longo dos anos, lugares de destaque na política, nas autarquias ou no mundo empresarial do nosso País.

Os tempos hoje são outros é certo, mas a população estudantil também o é!… Daí não entendermos que alunos com menos de dez anos, tenham que sair bem cedo de casa, regressando à noite só porque a sua escolinha não tem os tais vinte alunos.

As escolas do concelho, já não é de agora, irão fechando uma a uma e daqui por algum tempo, mercê do abandono das nossas Terras, certamente vamos ter escolas apenas na Pampilhosa e as nossas crianças terão que percorrer mais de 20 Km, para aprenderem as primeiras letras.

Interrogamo-nos, sobre o que foi feito ao longo dos últimos anos, para fixar pessoas em idade de procriação nas zonas do interior e esse é sem dúvida o verdadeiro problema.

Daqui por alguns anos já não haverá crianças e, dos edifícios onde funcionaram tantas escolas, em que professoras/os em autêntico sacerdócio tanto ensinaram, restarão apenas os escombros, isto claro está, salvo raras excepções.

Armindo Antunes

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