Editorial

Maio mês de Maria, de oração de encontro com a fé, para a Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra e em especial para o Rancho Folclórico da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra, foram dias difíceis.

Calaram-se as concertinas e o Vira Mandado não volta a ser o mesmo para nenhum de nós, calou-se a voz do mandador.

O nosso Ti Canhoto, como sempre o tratei deixou-nos, fica na minha memória a sua alegria, a sua última atuação na sua aldeia natal, dançou e mandou o vira como só ele sabia fazer.

Lembro o dia do aniversário do nosso rancho na nossa sede em Alfama, local que o Ti Canhoto tão bem conhecia e que tanto gostava, estava muito, muito feliz, a Direção do Rancho lembrou-se de mim, eu não mereço tanto, dizia ele, quando o homenageamos com um quadro alusivo ao aniversário, sendo ele o elemento fundador mais velho ainda no ativo, mas estava enganado ele mereceu cada palavra, cada homenagem, cada gesto de carinho, pelo seu esforço e trabalho na nossa Casa Concelhia e pelos ensinamentos que nos deixou no  Rancho Folclórico da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra, são muitos os que me dizem eu aprendi com ele, foi ele que me ensinou.

Lembro com tristeza, as suas palavras naquele dia quando se despediu, olhou para o salão e disse-me Paula não vou conseguir cá voltar e não voltou.

À família deixo uma palavra de carinho, lembrem sempre o Ti Canhoto pela sua alegria, aos amigos da sua aldeia natal, continuem a sua obra e zelem pela casa de convívio que ele tanto adorava.

Até sempre Ti Canhoto……….

Será para sempre lembrado por todos nós………………

Paula Nunes

Presidente da Direção